ESPAÇO DO LEITOR…(Parte II):

Vamos lá…

Temos um outro comentário pertinente, do leitor Silviano, que mesmo eu não concordando com algumas coisas que ele escreve, vale a pena dar uma olhada. Obrigado Silviano!

ABRAÇO,

FISCHER.

“É claro que a polêmica em torno dos trajes é devido ao fato de que a natação é um esporte em que se mede performance em tempo. É exatamente por isso que acho que comparações com outros esportes não têm fundamento. Assim como Dayane dos Santos na ginástica olímpica, não estamos mais nadando nas mesma condições de 1970, independente dos trajes.

Se a natação é um esporte em que se mede performance em tempo, quando aparecem rumores de que um traje flutua mais que outro ou diminui o tempo de um atleta, isso gera desconfiança, é claro! E é fato que a FINA é responsável por toda essa confusão com sua postura insegura. Até agora ninguém apareceu com argumentos concretos, nem do lado dos que são contra os trajes e nem do lado dos que são a favor, provando que determinado traje não apresenta vantagens em tempo ou que realmente apresenta. Mesmo essa avaliação da FINA antes da lista de trajes proibidos foi nebulosa. Então se ninguém sabe direito onde está pisando, fica complicado!

Já ouvi comparações e argumentos de pessoas a favor dos trajes que não procedem. Comparações com Fórmula 1 e ciclismo… são esportes que não existem sem os carros ou bicicletas! Comparações com Usain Bolt: não! o tênis do Bolt não faz ele correr mais rápido! Nem a raquete do Federer faz ele ganhar do adversário! E alguns trajes fazem com que um adversário ganhe do outro? Ninguém até agora sabe dizer precisamente se sim ou não, principalmente a FINA.

Também não é argumento comparar evolução de técnicas de nado com trajes. Um trabalho feito com dedicação, entre você e seu técnico, carregado de muita tecnologia do esporte, nada tem a ver com uma roupa que você pode adquirir alguns dias antes de uma competição, entrar dentro dela e pronto.

Se ficar essa coisa de libera e proíbe, sem uma postura segura, vai ficar todo mundo sempre inseguro mesmo. Foi assim mesmo que começou a polêmica.

De qualquer forma, trajes de alta tecnologia devem ser utilizados por nadadores de alto nível, que precisam de um toque a mais dentro do alto nível de maturidade esportiva em que se encontram, mas nunca por categorias de base. Na base, tem que se trabalhar a base. Correto?”

Nota do Fischer:

Ainda sou a favor dos trajes. Penso que seja uma evolução natural do esporte. Também acho que caso sejam proibidos, não haverá lá muita difereça, o melhor e mais bem treinado ainda vai ganhar. O que eu acho é que não podemos voltar atrás em uma situação que ocorreu na última olimpída, ou seja, a competição mais importante e mais prestigiosa do MUNDO! Quando ao Bolt, se vc ser uma sapatilha de 1930 para ele, creio que ele terá dificuldades em vencer os adversários, assim como o Cielo de AQUABLADE contra o Busquet de JAKED. Da mesma forma, se vc der uma raquete de madeira para o Federer, ele também encontrará dificuldades contra o Nadal. Quer dizer, a tecnologia faz diferença sim! O negócio é colocar essa tecnologia ao alcançe de todos!

Fischer.

About Eduardo Fischer

Eduardo Fischer é catarinense e natural de Joinville. Ex-Atleta Olímpico de natação da seleção brasileira e medalha de bronze no Mundial de Moscou, Fischer defendeu o país em dois Jogos Olímpicos (Sydney/2000 e Atenas/2004), 6 Campeonatos Mundiais e 1 Pan-Americano (Prata e Bronze). Bacharel em Direito e Advogado pela OAB/SC, Eduardo é especialista em Direito Empresarial pela PUC/PR e em Direito Tributário pela LFG/SP. Atualmente aposentado das piscinas, trabalha com Consultoria Tributária em um respeitado escritório de Advocacia (CMMR Advogados).

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